Raios – 2007 e 2018

A absorção dos materiais do universo da costura na minha poética se estabelece a partir do uso assíduo desses elementos e da vivência ao longo da minha trajetória. A agulha que costura, cose, cerze e chuleia sai da sua condição de perfuradora de tecidos e é cravada no teto para construção de uma instalação. A construção da instalação Raios na Ocupação coletiva Associados no Espaço Orlândia em 2007 surge como experimentação do possível uso dos elementos da costura com uma nova interpretação. Em Raios, o uso das agulhas ganha uma nova função e age direto na arquitetura. Utilizo aproximadamente 3000 unidades de agulhas na arquitetura e crio uma bifurcação de agulhas no teto.

Realizo novamente a instalação Raios, em 2018 na Galeria da UFF, são utilizadas 1200 agulhas e um alicate para perfurar o teto do espaço arquitetônico. O ato de enfiar as agulhas na arquitetura constrói uma imagem da dor, além de nos trazer a impressão de um perigo iminente.

Material: 3000 agulhas e alicate.