BIOGRAFIA
Amélia Sampaio. Rio de janeiro, 1973. Nascida e criada no subúrbio carioca. Residência fixa em Santa Teresa (Rio de Janeiro), atualmente morando em Avignon (França).
Mestre em Artes pelo Programa de Pós Graduação do Instituto de Artes da UERJ, na área de concentração Arte e Cultura Contemporânea na linha de pesquisa Arte, Imagem e Escrita, com bolsa da CAPES, 2021.
HISTÓRICO
FORMAÇÃO ACADÊMICA
EXPOSIÇÕES
HISTÓRICO
Amélia Sampaio é uma artista visual, pesquisadora e arte-educadora. Nascida em Guadalupe, subúrbio pobre do Rio de Janeiro, afro-brasileira, a artista é iniciada no culto do candomblé, religião brasileira de matriz africana. Amélia compartilha o seu tempo desde 2020 entre Santa Teresa, Rio de Janeiro, e a cidade de Avignon na França.
Doutoranda em Artes Visuais pelo Centre de Recherche en Arts et en Esthétique da Université Picardie Jules Verne (Amiens, France), Mestre em Artes pelo Instituto de Artes da UERJ, ela se beneficiou de uma bolsa Demanda Social (DS). Amélia é também Licenciada em Educação Artística/História da Arte pela mesma instituição.
Os pais da artista tinham pouca instrução, mas a apoiaram para que fizesse o concurso para entrar na universidade pública, o qual ela passou em geografia e química. Depois de alguns anos de dúvida, ela finalmente decide estudar história da arte. O trabalho da artista surge a partir do seu encontro com a história da arte.
Após seus estudos, em 2002, ela torna-se Professora de Arte na rede de escolas públicas do Rio de Janeiro. Amélia opta por ensinar em escolas localizadas em favelas e também nas escolas do sistema carcerário brasileiro, especialmente em prisões de segurança máxima.
Em 2018, ela abandona o ensino carcerário (mas continua a ensinar em favelas) para se dedicar a um mestrado onde estuda “Um olhar sobre a memória da dor”, tema que inspirara algumas de suas obras.
A artista inicia sua pesquisa prática a partir das inquietações humanas individuais e coletivas. A ancestralidade é um dos temas abordados pela artista com enfoque na dor e no trauma que se encontra entranhado nas gerações afro-brasileiras subsequentes. As dores emocional, física e social são assuntos recorrentes nos trabalhos da artista que utiliza performances, a instalações, esculturas, intervenções urbanas, desenhos e fotografias como linguagens de apresentação de sua produção. A questão da invisibilidade dos vulneráveis e marginalizados surge na pesquisa da artista a partir da lembrança da vivência no bairro Guadalupe. Fatos de sua vida como ser professora de artes nas escolas de presídios e nas zonas menos favorecidas (favelas) também colaboraram para que a artista teime em esgarçar a linha tênue da condescendência existente. A memória é utilizada pela artista como gatilho para adentrar os meandros referentes a um espaço de comunicação entre as pessoas. A artista insiste que a memória também funciona como formadora do próprio indivíduo, tendo ainda função de resistência contra a homogeneização das diferenças. É neste aspecto que a artista busca na memória individual e coletiva substrato para seus trabalhos. Amélia encontrou nas artes visuais linguagens que a permitem criar narrativas sobre questões normalmente silenciadas.
A artista também desenvolve diálogos com outros artistas, refletindo sobre conceitos, formas, e concepção confluente. Marina Abramovic, Letícia Parente, Nazareth Pacheco e Rosana Palazyan, que colocam a dor física, emocional ou social no centro de seus trabalhos, aparecem de forma incisiva em seus trabalhos acadêmicos e em suas criações mais recentes. A solidão de Tehching Hsieh e as obras de Kader Attia também são importantes para alimentar o pensamento da artista sobre a invisibilidade das pessoas vulneráveis. Amélia aborda a questão da alteridade com enfoque sobre a empatia pela dor do outro e discute a hierarquia social humana no contexto atual.
FORMAÇÃO ACADÊMICA
Mestre em Artes pelo Programa de Pós Graduação do Instituto de Artes da UERJ, na área de concentração Arte e Cultura Contemporânea na linha de pesquisa Arte, Imagem e Escrita, com bolsa da CAPES, 2021.
Graduação em Licenciatura Plena em Educação Artística – Habilitação em História da Arte pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 2001. Artista visual e performer. Professora na rede do Município do Rio de Janeiro. Vem desenvolvendo investigações em diversas formas de linguagens artísticas como intervenções, performances, vídeos, instalações e objetos.
EXPOSIÇÕES
Um registro de minha performance Bordas entrou para o acervo do Memorial do Holocausto do Rio de Janeiro como parte de seu capítulo sobre Direitos Humanos.
- Exposição Rizomas, Galeria Le Carré d’Art da Alliance Française de Lima, Peru, do dia 17 de julho até o dia 28 de setembro de 2024.
- Semana do Som, Canada, Télépoésie N°5 : Vers un voyage sonore, Montreal, Canada, 18 a 23 março de 2024.
- Festival Woman Scream São Paulo 2024, Grito de Mulher, São Paulo, Brasil, dias 09 e 10 de março 2024.
- 3ª Exposição Virtual Mulheres pelo Mundo 2024.Vila Nova de Gaia, Portugal, 8 de março a 31 de março de 2024.
- 3ª edição da Mostra de videoarte Caleidoscópio em movimento: entrelinhas do cotidiano. Centro Cultural dos Correios, Rio de Janeiro, Brasil. De 20 de fevereiro de 2024 a 30 de março de 2024.
- EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL na 5a Biennale de La Théorie des Espaces Courbes , l’Art de la Performance, Voiron, França, 29 de setembro-1ro de outoubro de 2023
- XVe Festival d’Art Contemporain, Cours et Jardins des arts, Vers-Pont-du-Gard, France, 21-23 julho de 2023
- 19º Salon de Sculpture de Pierrefitte, França, março-abril de 2023.
- Nomeada no premio DJTAL Humain pelo vídeo “Remémoration”, Clichy, França, março 2023.
- Exposição na galeria Novos Ventos, Rio de Janeiro, Brasil, dezembro de 2022 (até fevereiro de 2023).
- Exposição de vídeos Vídeo Gira, Pequenos Encontros, Pequenos Formatos, 2a édição, Rio de Janeiro, Brasil, novembro de 2022.
- Performance convidada na exposição “Suprématie/Exclusion” de Silva Usta, Villefranche/Mer, França, julho de 2022
- Clash Lacuna International Art Festival, Lanzarote, Ilhas Canárias, Espanha, julho de 2022.
- ItsLiquid International Art Fair, Anima Mundi-Consciousness, Veneza, Italia, maio de 2022
- Exposição virtual “Échappements libres 5“, por La Compagnie des Oeillets, Ivry/Seine, França, maio a agosto de 2022.
- Artista convidada na “Biennal Black”, Brasil, janeiro a julho de 2022.
- Exposição virtual “Mulheres pelo Mundo“, Portugal, 8 a 31 de março 2022.
- XI Mostra de performances, “Negrindios”, Escola de Belas Artes da Universidade da Bahia, Brasil, 22 a 24 de novembro de 2021.
- Exposição virtual “Fase cero”, spazio 148, Lima , Peru, 5 a 20 de novembro 2021.
- 27ème édition du Parcours de l’Art, “La liberté”, Église des Célestins, Avignon, França, 2 a 17 de outubro de 2021.
- Exposição virtual “Entre lobo e cão”, Rio Grande do Sul, Brasil, 2021.
- Exposição virtual “Capadócia é Aqui N’OLUGAR”, Olugar Arte Contemporânea, 23 de abril, 2021.
- Seminário Internacional Imersões: Artes e Arquitetura, mesa Arquitetura e Alteridades, Rio de Janeiro, 2 a 5 de março de 2021.
- Participação especial no “Tamanduás exposição espectáculo” virtual, Rio de Janeiro, Brasil, 14,16 e 18 de dezembro de 2020.
- ArtRio, Exposição individual “Ímpeto”, Galeria AlinAlice, Encontro dos Espaços Independentes de Arte, Rio de Janeiro, Brasil, 17 a 27 de novembro, 2020.
- Exposição “Presença Presente”, Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas, Rio de janeiro, Brasil, 5 a 27 de outubro de 2019.
- Exposição “Grau 360”, Galeria Transparente, Parque do Museu da Reṕública, Palácio do Catete, Rio de Janeiro, Brasil, 19 de outubro a 24 de novembro, 2019.
- Exposição “Muvucato”, Galeria “O Lugar Arte Contemporânea”, Fábrica Bhering, Rio de Janeiro, Brasil, 1ro a 23 de novembro, 2019.
- Evento interno da Universidade do Estado de Rio de Janeiro, Centro Cultural Hélio Oiticica, Rio de Janeiro, Brasil, 2019.
- Exposição “Lembranças de futuros recentes”, Galeria de Artes da Universidade Federal Fluminense, Niterói, Brasil, 7 de março até 8 de abril, 2018.
- Evento interno da Universidade do Estado de Rio de Janeiro, Studio IARTES, Rio de Janeiro, Brasil, 2018.
- Exposição “Galeria Transparente: Update”, Galeria transparente, Centro Cultural Justiça Federal, Rio de Janeiro, Brasil, 2017.
- Exposição Ponto Transição, no coletivo VADE Retro Abacaxi, FUNARTE, Fundição Progresso, Rio de Janeiro, Brasil, 2016.
- Exposição Ponto Transição, no coletivo Crioulos de Criação, FUNARTE, Fundição Progresso, Rio de Janeiro, Brasil, 2016.
- Exposição “Showroom”, Galeria transparente, Centro Cultural Justiça Federal, Rio de Janeiro, Brasil, 2016.
- Exposição “Entre outros corpos”, Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas, Rio de janeiro, Brasil, 2008.
- Exposição “25 anos”, Galeria de Artes da Universidade Federal Fluminense, Niterói, Brasil, 2007.
- Evento “Associados”, Espaço Orlândia, Rio de Janeiro, Brasil, 2007.
- Seminário “A Teatralidade do Humano”, Espaço Oi-Futuro, Rio de Janeiro, Brasil, 2007.
- Festival “Dispositivo no Paço das Artes”, Cine Falcatrua, São Paulo, Brasil, 2007.
- Exposição “UniversidArte”, Rio de Janeiro, Brasil, 2007.
- Exposição “LUSOVIDEOGRAFIA”, mostra “Durexvideo: África-Brasil Sessão II – VIDEOPERFLUXO”, Espaço OI FUTURO, Rio de Janeiro, Brasil, 2007.
- Exposição “Oú sommes-nous ?”, École supérieure des Beaux Arts de Montpellier, França, 2006.
Exposição “IncoRporações”, Espaço Bananeiras, Rio de Janeiro, Brasil, 2006.
Exposição “Quand le carnaval arrive”, Centre Rabelais, Montpellier, França, 2006.
Mostra do filme livre 2006, Centre Culturel Banco do Brasil, Rio de Janeiro, Brasil, 2006.
Performance “Ici”, Jardim das Delícias, Museu da República, Rio de Janeiro, Brasil 2006.
Happening Vide Pô(é)tica, evento Viva! “Tarde de Performances Viva”, Studio 260, Rio de Janeiro, Brasil, 2006.
- Happening “Chá-chá-chá-de-bebê-do-rés-to ou…”, Espaço Rés do Chão, Rio de Janeiro, Brasil, 2005.
- Seminário “Arte, rito, rua, güera – o erre que (nao) se repete”, Núcleo de Artes da Universidade Federal do Pará, Belém, Brasil, 2005.
- Evento “Dynamiques de Création”, École d’Art d’Avignon, França, 2005.
- Lançamento da Revista Arte&Ensaios n.12, SESC – Tijuca. Rio de Janeiro, Brasil, 2005.
- III Mostra Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, Porto Velho, Rondônia, Brasil, 2005.
- VADE Retro Biennial Bloc, Rio de Janeiro, Brasil, 2005.
- Evento Projéteis Redemergências Funarte, “Intervenção Rede de trocas e pechinchas”, junto ao Coletivo IMAGINÁRIO PERIFÉRICO, Rio de Janeiro, Brasil, 2005.
- Evento “Rio Como En La Tele – Tele Guanabara”, com o coletivo Crioulos de Criação, Museo de Bellas Artes de Caracas Venezuela, 2004.
- Exposição “Posição 2004”, evento do coletivo TVZONA, Escola de Artes Visuais/Parque Lage, Rio de Janeiro, Brasil, 2004.
- Intervenção urbana dentro do trem da Central do Brasil à Japeri, Rio de Janeiro, Brasil, 2003.
- Lançamento da Revista O Ralador Nº2, Salão do Cordão do Bola Preta, Rio de Janeiro, Brasil, 2003.
- Evento “Nuclear/ Vídeos e conversas”, com o coletivo Crioulos de Criação, Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio deJaneiro, Rio de Janeiro, Brasil, 2003.
- Happening “Vai escrever mais poesia”, teatro Noel Rosa, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, 2002.